segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O LUTO ;PERDAS E ROMPIMENTOS DE VINCULOS.

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 Na vida estamos sempre lidando com perdas. Algumas são naturais e orgânicas, enquanto outras são extremamente significativas e dolorosas, pois representam uma grande ausência. Esta dor, psíquica, pode ser arrasadora, situacional, freqüente e reincidente. Lidar com ela requer a reorganização de “nossos objetos” de desejo, mudança de nossos conceitos perante a vida de nossos paradigmas  e aceitação da nossa própria vulnerabilidade.A vida e a morte estão ligadas inseparavelmente. A partir destas percepções sobre as perdas e lutos e os seus cuidados, acredito que, lidar com a morte pode ser conflitante e desconfortável, mas muitas vezes é inevitável encará-la. Não há como ignorá-la, deixá-la fora de nossos projetos de vida, pois ela nos acompanha a todo instante em cada perda. A cada segundo nossas células estão morrendo e se renovando, nossa memória aos poucos se esvaindo e recebendo novas informações, e, em nossas relações, temos perdas e ganhos emocionais. Enfim, tudo é um fluxo constante, perdas e ganhos, chegadas e partidas, encontros e despedidas. Não podemos deter isto, mas como disse Chaplin “A vida é maravilhosa quando não se tem medo dela”, ainda que o medo seja uma faceta dela. E como uma experiência dolorosa pode ser uma experiência de vida no sentido de maturidade, de modo a extrair dela um ganho.  Para que o luto possa levar a um resultado favorável, é importante que a pessoa enlutada expresse,mais cedo ou tarde ,seus sentimentos e emoções ,elaborando suas fases .1 Fase de choque e entorpecimento. Tem a duração de algumas horas ou semanas  e pode vir acompanhada de manifestaçoes  de desespero ou de raiva. 2, Fase de desejo e busca da figura perdida, que pode permanecer por longo período; 3 Fase de desorganização e desespero; 4  Fase de maior ou menor grau de organização; Em algumas fases, existe a identificação do enlutado com as atividades do morto, presente em ações, atividades e projetos que ele aplicava. Durante o período da elaboração do luto, podem se desencadear distúrbios na alimentação ou sono e quadros sintomáticos de enfermidades graves e a depressão reativa. O tempo de luto é variável e alguns casos podem nunca terminar, levando a um esgotamento total do enlutado e a quadros somáticos de doenças graves que podem configurar uma depressão reativa.. Com certeza, nem todas as pessoas enlutadas passam por fases que sucedem umas às outras. É necessário observar a pessoa como um todo, de modo sistêmico. Classificar o luto em fases estanques pode representar certa passividade para  o enlutado enfrentar o pesar. É necessário que ele possa enfrentar o luto, trabalhando a perda em si, de forma ativa, e buscar auxílio profissional quando não conseguir fazê-lo. O luto em si exige tempo necessário para elaborar. Em especial se tratando de mães enlutadas, estas necessitam da ajuda de um terapeuta, para que o processo se realize..
                                                                                 Texto Psicologo: Wilson Antonio Silva

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